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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Enfim...Os enquadramentos

Quanto ao distanciamento da câmara em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos internos do enquadramento, verifica-se que a distinção entre os planos não é somente uma diferença formal, cada um possui uma capacidade narrativa, um conteúdo dramático próprio. É justamente isso que permite que eles formem uma unidade de linguagem, a significação decorre do uso adequado dos elementos descritivos e ou dramáticos contidos como possibilidades em cada plano.
Os Planos determinam o distanciamento da câmera em relação ao objeto fotografado, levando-se em conta a organização dos elementos dentro do enquadramento realizado. Uma mesma fotografia pode conter vários planos, sendo classificada por aquele que é responsável por suas características principais.
São eles : os plano gerais, os planos médios, e os primeiros planos.

Planos Gerais

Grande Plano Geral (GPG) – O ambiente é o elemento primordial. O sujeito é um elemento dominado pela situação geográfica. Objetivamente a área do quadro é preenchida pelo ambiente deixando uma pequena parcela deste espaço para o sujeito que também o dimensiona. Seu valor descritivo está na importância da localização geográfica do sujeito e o seu valor dramático está no envolvimento, ou esmagamento, do sujeito pelo ambiente. Pode enfatizar a dominação do ambiente sobre o homem ou, simbolicamente, a solidão.





Plano Geral (PG) – Neste enquadramento, o ambiente ocupa uma menor parte do quadro: divide, assim, o espaço com o sujeito. Existe aqui uma integração entre eles. Tem grande valor descritivo, situa a ação e situa o homem no ambiente em que ocorre a ação. O dramático advém do tipo de relação existente entre o sujeito e o ambiente. O PG é necessário para localizar o espaço da ação.


Planos Médios

Plano Médio (PM) – É o enquadramento em que o sujeito preenche o quadro - os pés sobre a linha inferior, a cabeça encostando na parte superior do quadro, até o enquadramento cuja linha inferior corte o sujeito na cintura. Como se vê, os planos não são rigorosamente fixados por enquadres exatos. Eles permitem variações, sendo definidos muito mais pelo equilíbrio entre os elementos do quadro, do que por medidas formais exatas. Ou seja, sujeito ou assunto fotografados estão ocupando boa parte do quadro, deixando espaço para outros elementos que deverão completar a informação. Este plano é bastante descritivo, narrando a ação e o sujeito. Os PM são bastante descritivos, diferem dos PG que narram a situação geográfica, porque descrevem a ação e o sujeito.




Plano Conjunto (PC) – Trata-se de um plano médio, no qual no quadro da fotografia podem caber três ou quatro pessoas. 



Plano Americano – Planejada para caber uma só pessoa na foto, mas agora, do joelho pra cima.

Primeiros Planos


Primeiro Plano (PP) – Enquadra o sujeito dando destaque ao seu semblante, gesto, à emoção, à fisionomia, podendo também ser um plano de detalhe, onde a textura ganha força e pode ser utilizada na criação de fotografias abstratas. Sua função principal é registrar a emoção da fisionomia. O PP isola o sujeito do ambiente, portanto, “dirige” a atenção do espectador.



Plano de Detalhe (PD) – O PD isola uma parte do rosto do sujeito. Evidentemente, é um plano de grande impacto pela ampliação que dá a um pormenor que, geralmente, não percebemos com minúcia. Pode chegar a criar formas quase abstratas.


CLOSE – UP – Também chamado de Primeiríssimo Plano, é um primeiro plano ainda mais aproximado, mostrando detalhes como expressões e emoções.





E dando sequência...o padrão

Identificar padrão na fotografia, não é uma tarefa difícil, já que esse elemento da composição é condicionado pela repetição de formato, estrutura, cores, organizados em uma espécie de sequência.
As fotos abaixo foram tiradas em um , onde é fácil encontrar exemplos de padrão para se fotografar.




Adicionar legenda
   

Eu capto movimento!


Vejamos que coincidência: No mesmo dia em que este exercício (25/05) foi realizado, era o Dia do Desafio, uma campanha mundial para a prática de atividade física que acontece anualmente na última quarta-feira do mês de maio. Então fizemos a nossa parte nos mexendo para cumprir mais essa atividade.
Captar ou não movimento é uma escolha do fotógrafo. Às vezes, um objeto adquire maior realce quando a sua ação é registrada em movimento, ou o movimento é o principal elemento. Outras vezes, a força maior da ação reside na sua estagnação, na visão estática obtida pelo controle na máquina. Sempre que um objeto se move em frente à câmera fotográfica, sua imagem projetada sobre o filme também se move.
Funciona da seguinte maneira:
- Se o movimento do objeto é rápido e a câmera fica aberta, por um tempo relativamente longo, essa imagem ou movimento será registrada como um borrão, um tremor, ou uma forma confusa.
-Se o tempo de exposição for reduzido, o borrão também será reduzido ou até eliminado. Um tempo de exposição à luz curto (velocidade alta), pode “congelar” o movimento de um objeto, mostrando sua posição num dado momento. Por outro lado, um tempo de exposição longo (velocidade baixa), pode ser usado deliberadamente para acentuar o borrão ou tremor sugerindo uma sensação de movimento.
-Uma regra prática para uma velocidade ideal é que o número da velocidade tem que ser maior do que a objetiva que está sendo usada.

Depois da teoria, confira a prática:
Movimento do Guarda- chuva ao ser girado
Alane girou e câmera captou o movimento dos braços, de um pé  e do  vestido.
Dessa vez o movimento captado foi do cabelo de Geovana.
E aí eu me empolguei...


Captei o movimento de Jonas ao girar Alane, enquanto dançavam forró. (Alane ficou cortada porque, para captarmos movimento a câmera tinha que está rente ao corpo , pra a imagem não ficar embaçada por completo, então quando ela girou, acabou ficando quase fora do quadro.)

O movimento de Jonas e Alane ao relembrarem sua infância . ;P
Depois de terminado a atividade, resolvi fazer uma experiência para tentar captar o movimento de um ponto de luz. Então liguei a lanterna do meu celular e fui orientando Alane a controlar a velocidade. Olha só o resultado:
ISO 125 - Shutter -2" - F 3.2  
A dificuldade que encontrei nos exercícios acima, foi fotografar em ambiente fechado, que dificultou a luminosidade da fotografia.

Fundindo...

Uma fusão acontecendo de maneira involuntária, ou não, sempre é motivo de muita polêmica. Uma fusão ocorre quando em uma composição de imagem, não há respeito nos limites entre os objetos em cena, também quando a iluminação não proporciona profundidade nos objetos, que ficam com altura e largura de modo que acabam fundidos.


Na fotografia acima foi feita uma fusão intencional, onde a planta parece ser uma extensão da cabeça, ou do cabelo da garota (minha irmã).

Textura: o detalhe em evidência

Após uma verdadeira saga para substituir as fotos perdidas, presentes nas 4 últimas postagens abaixo, por conta da queima de um pen drive, apresento-lhes a atividade sobre textura em imagens.
A textura pode ser considerada um fator de importância em uma fotografia, em virtude de criar uma sensação de tato, idéia de substância e densidade, em termos visuais, conferindo uma qualidade palpável à forma plana. Ela pode ser vista isoladamente e nos permite determinar a aparência de um objeto, como nos dá uma ideia da sensação que teríamos em contato com ele. Podemos, através da luz, acentuar ou eliminar texturas, a ponto de tornar irreconhecíveis objetos do cotidiano.
A superfície de um objeto pode apresentar textura lisa, porosa ou grossa, dependendo do ângulo, dos cortes, da luz.
Ela é um elemento muito importante para a criação do real dentro da fotografia, embora possa, também, desvirtuá-lo. É a partir dela que muitas vezes podemos reconhecer o material com o qual foi feito um objeto que aparece em nossa fotografia, ou podemos afirmar que em tal paisagem o campo que aparece é gramado ou não, de terra.
A fotografia abaixo foi tirada em uma loja de R$ 1,99 que fica em frente a faculdade.

Pode-se notar que a fruta artificial é coberta por uma espécie de pingos d'água, esses pontinhos cristalizados que vemos. Outra textura aparente é a do tecido que imita uma folha em cima da fruta.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Denotação e Conotação em Imagens

Nem sempre a linguagem visual possui sentido único. Empregadas em alguns contextos, as imagens ganham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais. A foto, assim como a linguagem escrita, pode ser interpretada segundo dois planos, o conotativo, seu sentido comum, e o denotativo, resultante do acréscimo de impressões afetivas ou sociais que evocam ideias subjetivas a serem associadas, de forma que transforma e dá sentido aos elementos de aspectos estruturais já existentes.

O objetivo dessa atividade era produzir um quadro fotográfico que expressasse emoção, explicando seu sentido conotativo, com uma legenda informativa/conotativa e um memorial descritivo da fotografia.
Arte urbana encanta garota

Sentido denotativo da imagem:  Uma pessoa vendo um muro grafitado.

Memorial da Foto:
-Uso de uma câmera automática Sony Cyber-Shot DSC-W320 
-Regra dos terços
-Iluminação Noturna (sem uso de flash)
-Foco em primeiro plano
-Abertura F 4.0
-Shutter (câmera não informa)




O que chama a minha atenção?

Quando observamos uma fotografia alguns elementos sobrepõem outros na imagem. 

São eles:
Vivos- Se resumem a humanos e outros animais;
Móveis- são objetos que, logicamente, nos provocam a sensação de mobilidade, podendo ser elementos e fenômenos da natureza (pois parecem ter vida própria) e veículos;
Fixos- São os objetos inanimados de qualquer natureza.

De forma que os componentes vivos sempre exercem supremacia sobre os demais, e os móveis exercem sobre os fixos.

A proposta da atividade foi fotografar de acordo com cada um desses elementos, de forma que todas as fotos fossem feitas usando a regra dos terços e em plano conjunto, além de legendas informativas em cada uma delas.

Elemento Vivo:
Além da falta de iluminação, animal solto na rua ofere riscos tanto para pedestres como também aos motoristas

Elemento Móvel:

Número de moto-táxi fica reduzido durante a noite em Cruz das Almas
 Elemento Fixo:
Ato de vandalismo no muro de um colégio Municipal em Cruz das Almas

Legendando minhas imagens

A legenda é considerada um recurso fundamental pra a interpretação de uma imagem. Nos veículos jornalísticos, esse recurso deve funcionar como complemento da foto, dando alguma informação a mais do que já é sabido pelo o leitor.
Atividade sobre esse tema consistia em produzir duas fotos, e criar legendas para elas, sendo que a primeira deveria ser feita em plano conjunto, com o uso da regra dos terços e a segunda  em primeiro plano, com o objeto centralizado.

Apesar de está presente em toda parte da Praça Multiuso em Cruz das Almas, o aviso da placa nem sempre é respeitado.


O clima junino começa a tomar conta das ruas de Cruz das Almas.

Sob Encomenda


Dessa vez a professora Alene Lins propôs que planejássemos uma foto no papel, com todas as regras de composições estudadas até então, para que fosse sorteado entre os colegas.
O papel sorteado pra mim tinha as encomendas das fotos planejadas pela aluna Poliana, que solicitou as seguintes regras de composições:

1ª Foto
-Foco geral
-Primeiro Plano
-Moldura
-Ponto de Fuga

2ª Foto
-Foco em 1º plano
-Detalhe
-Contra luz
-Contra-plongeé

Abaixo pode-se conferir os resultados.

Para o cumprimento da primeira encomenda, utilizei um rolo de papelão como moldura, sendo que o carro está em primeiro plano e pode-se notar o ponto de fuga na estrada.  

Na segunda encomenda,  como também na primeira, senti dificuldade em cumprir, no entanto fotografei em contra-plongeé o retrovisor do carro em detalhe, podendo-se notar a sujeira causada pela lama na estrada.
Essa atividade, particularmente foi a mais difícil de ser realizada, porém muito interessante pelo tom desafiador.