Desde o meu ingresso no curso de jornalismo da UFRB, a área fotográfica era a que eu aguardava, com certa ansiedade, conhecer seus métodos e técnicas, já que sempre tive atração pela área.
Na minha infância não tínhamos uma máquina fotográfica em casa, então a minha mãe tinha o costume de contratar fotógrafos para registrar momentos meus e das minhas irmãs. Achávamos um máximo ficar fazendo poses, “dizer xis”, mas o mais engraçado de tudo isso era o resultado das fotografias, que nem sempre era o esperado.
Sempre gostei de fotos, passava um tempão folheando os álbuns e admirando as imagens ali guardadas. Até hoje lá em casa é assim, meu pai grita: - Mô pega os álbuns! E aí começam as gargalhadas e os comentários. Ficamos horas olhando fotos antigas de família, relembrando cada momento fotografado, na maioria das vezes rindo das caras e bocas que surgem e às vezes chorando pelas recordações e saudades. Um exemplo disso são as fotografias do meu avô materno, quando as vejo sinto saudades, sinto a falta dele, já que ele nos deixou há mais de 1 ano. Elas me fazem pensar o quanto eu o amava e o quanto ele estava presente em minha vida, pois ele sempre me acompanhou na minha vida escolar, desde minhas primeiras letras. Ele me levava pra escola e ficava lá me esperando até o horário da saída. De certa forma, as fotos me aproximam dele.
Hoje em dia impera a fotografia digital. Quem não tem uma câmera digital em casa? O acesso a esse tipo de equipamento é cada vez mais comum, já que ele oferece muitas vantagens: redução de custos, aceleração e facilidade de produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. Então como diz Odete, a personagem de Mara Manzan na novela O Clone: “Cada mergulho é um flash!”.